A Zorki-4K é uma das últimas descendentes da longa linhagem de cópias russas das Leicas, com montagem de rosca, refiro-me às Leica II e III.
Esta linhagem inclui também as FED que são de parentesco muito chegado às Zorki.
Esta linhagem inclui também as FED que são de parentesco muito chegado às Zorki.
Estas câmaras eram fabricadas pela KMZ em Krasnogorsk, perto de Moscovo, nos dias de glória da ex-URSS
Comprei esta numa feira de velharias, com a lente Jupiter-8: 50 mm 1:2 e o estojo original.
O que a distingue do modelo que a precede é a alavanca de avanço do filme e o cilindro fixo de armazenagem do filme.
A posição das velocidades de obturação, no respectivo mostrador, tem uma configuração um pouco estranha: primeiro vem o 1/30 depois o B, 1/1000, 1/500,...,1/2, 1 segundo.
A Leica III apresenta um mostrador como este para as velocidades rápidas e outro na frente para as lentas.
Aqui resolveram "espremer" as lentas no espaço livre entre 1/125 e 1/30.
Poderão perguntar: Porquê 1/125 e não 1/60? Bem, essa é outra das suas idiossincrasias.Nesta câmara 1/30 é a mais lenta das velocidades rápidas e 1/60 a mais rápida das lentas.
A Leica III apresenta um mostrador como este para as velocidades rápidas e outro na frente para as lentas.
Aqui resolveram "espremer" as lentas no espaço livre entre 1/125 e 1/30.
Poderão perguntar: Porquê 1/125 e não 1/60? Bem, essa é outra das suas idiossincrasias.Nesta câmara 1/30 é a mais lenta das velocidades rápidas e 1/60 a mais rápida das lentas.
Ficou baralhado? Veja aqui, onde é apresentada uma muito clara explicação para estas aparentemente loucas decisões. Também explica porque é tão importante armar o disparador antes de mudar a velocidade de obturação, nestas câmaras.
Como partilha a montagem de rosca com as antigas Leicas e suas cópias, m39 ou LTM, a disponibilidade de objectivas para esta câmara é imensa.
Na foto abaixo, podem vê-la equipada com uma Canon Serenar 35 mm 1:2.8.
Na foto abaixo, podem vê-la equipada com uma Canon Serenar 35 mm 1:2.8.
Como o visor é correcto apenas para as objectivas de 50 mm, fiz este visor grande-angular, com um visor de uma câmara descartável, a ajuda deste site e alguma imaginação.
Mais tarde tive alguns problemas com as velocidades de obturação e tive de a mandar afinar. Agora trabalha perfeitamente em todas as velocidades.
Mais tarde tive alguns problemas com as velocidades de obturação e tive de a mandar afinar. Agora trabalha perfeitamente em todas as velocidades.
Características:
- Telémetro acoplado à focagem da objectiva, comprimento da base 41 mm, factor de aumento 1x
- Visor para 50 mm, com correcção de dioptrias.
- Obturador de plano focal, em tecido, trajecto horizontal.
- Velocidades de obturação: 1/1000 - 1 segundo e B
- Sincronização de flash a 1/30, tomada de sincronismo na frente, selecção de sincronismo M ou X rodando a base do mostrador das velocidades.
- Temporizador: 10 segundos
- Avanço do filme simultâneo com o armamento do obturador, por alavanca de avanço rápido.
- Rebobinagem do filme por cilindro rotativo, liberta-se o filme rodando, no sentido oposto dos ponteiros do relógio, o cilindro que cerca o disparador, ao fazer isso ele desce, tem de ser reposto na posição inicial antes de recomeçar a fotografar.
- Contador de exposições progressivo, reposição a zero manual
- Porta acessórios do tipo cold shoe
- traseira removível
- Lentes intercambiáveis de rosca tipo m39 (LTM)
- Filme padrão 135
- Tamanho*: 143 x 92 x 70 mm
- Peso*: 700 g
*com objectiva Jupiter-8
Algumas fotos tiradas com ela:
Aqui mais fotos tiradas com ela.
Voltem sempre (o;
Eu tenho a Zorki 4, mais antiga, portanto. Mas o que me chama muito a atenção é a qualidade dessas lentes Jupiter, a nitidez delas. Pelo menos as mais antigas. Bem superiores às de cameras digitais de hoje.
ReplyDeleteA diferença entre elas é mínima e as lentes, sem dúvida, são fabulosas.
DeletePor alguma razão há tanta gente a usa-las nas câmaras digitais, que o permitem.